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Prefeitura de Campina Grande distribui medicamentos sem eficácia comprovada para tratamento da Covid-19

Remédios sem comprovação científica, como azitromicina, ivermectina e predsim, que compõem o chamado “kit Covid”, estão sendo distribuídos pela farmácia do Hospital Pedro Municipal I, de Campina Grande, a pacientes com sintomas leves da Covid-19. A medida desrespeita a recomedação de especialistas de saúde e de entidades como a Associação Média Brasileira (AMB), que recomendam o banimento desses produtos em pacientes infectados com o Coronavírus e alertam para o risco das pessoas desenvolverem outras doenças graves.

Chama atenção o fato do pelo próprio prefeito Bruno Cunha Lima (PSD), que fez uma transmissão ao vivo na noite dessa sexta-feira (26) em frente à unidade hospitalar, confirmar a entrega dos medicamentos citados.

A Secretaria de Saúde de Campina Grande confirmou que existe um protocolo para distribuição de remédios a pacientes com sintomas de Covid-19 desde o ano passado, ainda na gestão anterior, mas ponderou que a palavra final é sempre do médico. Todas as unidades de saúde possuem os medicamentos azitromicina, ivermectina, predsim e cloroquina e é decisão dos médicos receitá-los ou não. A Secretaria também afirmou que os medicamentos são distribuídos gratuitamente e visam permitir o tratamento de quem não precisa de internação. Além disso, destacou que, de todos os remédios, a cloroquina é menos receitada que as demais drogas.

A transmissão do prefeito aconteceu por volta de 20h50. De máscara, em frente ao hospital, Bruno começou a falar sobre a situação da pandemia na cidade e mais precisamente no Pedro I, que é referência para o tratamento da doença na região. Em certo momento, começou a falar de diferentes áreas do hospital, como o laboratório, os consultórios, a farmácia. Foi quando se ateve à questão.

“Aqui na minha frente está a farmácia, para a dispersassão dos medicamentos. Você chegou aqui, identificado os primeiros sintomas, você já sai daqui com os medicamentos. Com a azitromicina, com a ivermectina, com o predsim. Enfim, com todos os remédios para você já fazer o tratamento ambulatorial desde os primeiros sintomas”, afirmou.

Além de confirmar a distribuição de medicamentos que podem agravar a doença, o prefeito defendeu também a abertura de templos religiosos, fechados na cidade por decreto do Governo da Paraíba. Segundo ele, a medida está em vigor a contragosto dele.

Redação Paraíba Debate com informações do G1 Paraíba

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